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Questões sobre diálogo entre Sócrates e Laques
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Qual é o tema central discutido no diálogo "Laques"?
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A natureza da coragem.Correto. No diálogo 'Laques', Platão, através da personagem de Sócrates, busca explorar o conceito de coragem. Os personagens discutem o que significa ser corajoso, questionando se a coragem é apenas resistência diante do medo ou se envolve sabedoria e moderação. Este é, portanto, o núcleo do diálogo.
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A natureza do amor.Incorreto. Embora Platão, em seus diálogos, discuta sobre o amor, como no famoso 'O Banquete', o tema do amor não é o foco principal de 'Laques'. Este diálogo está mais interessado na definição e compreensão da coragem do que no amor.
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A natureza da sabedoria.Incorreto. A sabedoria é discutida em muitos diálogos de Platão, e é considerada uma virtude importante, frequentemente ligada com outras virtudes nas discussões filosóficas. No entanto, a sabedoria não é a questão central debatida em 'Laques'. O diálogo é focado principalmente no conceito de coragem.
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A natureza da justiça.Incorreto. No diálogo 'Laques', Platão não está focado na questão da justiça. Apesar de a justiça ser um tema importante em outros diálogos de Platão, como 'A República', o foco em 'Laques' é outro. Logo, afirmar que o tema central do 'Laques' é a natureza da justiça é incorreto.
No diálogo com Laques, Sócrates apresenta o seguinte exemplo:
"Com exceção, talvez, dos lacedemônios, Laques. Conta-se dos lacedemônios que em Platéia, quando se defrontaram com a barreira formada pelas tropas de escudo, não permaneceram em seus postos para lutar, mas puseram-se em fuga; porém, depois que as fileiras dos persas se desmancharam, voltaram-se para eles, à maneira da cavalaria de combate, e ganharam a batalha."
"Com exceção, talvez, dos lacedemônios, Laques. Conta-se dos lacedemônios que em Platéia, quando se defrontaram com a barreira formada pelas tropas de escudo, não permaneceram em seus postos para lutar, mas puseram-se em fuga; porém, depois que as fileiras dos persas se desmancharam, voltaram-se para eles, à maneira da cavalaria de combate, e ganharam a batalha."
O que o filósofo deseja mostrar com ele no diálogo?
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A importância da força física e da habilidade em combate como os principais componentes da coragem, destacando o exemplo dos lacedemônios como um modelo a ser seguido.Esta alternativa não está correta, pois Sócrates não está destacando a força física ou a habilidade em combate como os principais componentes da coragem. O exemplo dado não enfatiza esses aspectos, mas sim a estratégia de recuar e atacar novamente como um exemplo de coragem. Ele busca mostrar que atos de coragem podem ser mais complexos e que não se resumem apenas a força ou habilidade, mas também à capacidade estratégica e de julgamento.
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Que a coragem é exclusiva dos lacedemônios e que outros povos não são capazes de demonstrar a mesma bravura em situações de batalha.Esta alternativa está incorreta porque não é o que Sócrates deseja mostrar. Ao falar dos lacedemônios, ele não está dizendo que apenas eles são capazes de coragem. Sócrates utiliza o exemplo apenas para ilustrar que coragem não se limita a uma definição estrita ou a uma só maneira de agir, mas que pode incluir estratégias mais elaboradas, como a retirada tática seguida de um contra-ataque, o que não implica na exclusividade da coragem a um povo.
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Que a coragem é apenas uma ilusão e que, na verdade, não existem atos verdadeiramente corajosos em situações de guerra ou de conflito.Esta alternativa não reflete a intenção de Sócrates no exemplo. Sócrates não está sugerindo que a coragem é uma ilusão. Pelo contrário, ele está expandindo a ideia do que significa ser corajoso. A própria análise da ação dos lacedemônios é usada para ilustrar que atos de coragem podem assumir várias formas, portanto, uma visão reducionista ou cínica sobre a coragem como inexistente não é o que está sendo proposto.
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Que a coragem é uma virtude inata, presente apenas em certas pessoas, como os lacedemônios, e não pode ser aprendida ou desenvolvida.Esta alternativa está incorreta porque Sócrates não está argumentando que a coragem é uma virtude inata presente somente em alguns, como os lacedemônios. A discussão filosófica em torno das virtudes frequentemente trata de como elas podem ser cultivadas e desenvolvidas, e não que são fixas e exclusivas a certas pessoas ou grupos. Logo, dizer que a coragem não pode ser aprendida ou desenvolvida não condiz com a intenção do exemplo no diálogo.
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Que a coragem não se limita apenas a permanecer em seu posto no campo de batalha, pois em algumas situações é importante recuar e depois atacar.Nesta alternativa, o ponto focal é que a coragem não se resume apenas em permanecer firme em combate, que é o que muitos poderiam considerar como a verdadeira demonstração de bravura. Sócrates está destacando que, em alguns contextos, um ato de aparente fraqueza, como recuar, pode ser, na realidade, uma estratégia sábia que exige mais coragem, pois o objetivo final é vencer a batalha, não apenas atacar sem pensar. Esta visão é mais abrangente e flexível, reconhecendo a coragem em diferentes formas de ação no campo de batalha. Assim, esta é a interpretação correta do exemplo no diálogo.
Ao final do diálogo, Sócrates e Laques chegam a uma definição conclusiva de coragem?
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Não, o diálogo revela as dificuldades em definir a coragem e a necessidade de uma definição mais precisa.Essa alternativa está correta. No diálogo, Sócrates e Laques reconhecem as dificuldades em definir o que é coragem. Este é um elemento comum nos diálogos socráticos, onde as conversas frequentemente revelam a complexidade do conceito em questão e deixam em aberto a necessidade de uma definição mais precisa.
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Não, o diálogo termina sem qualquer progresso na definição de coragem.Essa alternativa está incorreta. Embora o diálogo não chegue a uma definição conclusiva de coragem, falar que não há qualquer progresso ou que o diálogo termina sem progresso também não seria preciso. O progresso se dá justamente nas reflexões e na evidência das dificuldades envolvidas na definição do conceito.
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Sim, eles concordam que coragem é a persistência unida à razão.Essa alternativa está incorreta. No diálogo "Laques" de Platão, Sócrates e Laques não chegam a uma definição conclusiva de coragem como sendo apenas a persistência unida à razão. O processo socrático usualmente levanta questões e dificuldades que complicam a definição simples de conceitos morais, como a coragem.
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Sim, eles concordam que coragem é a disposição de enfrentar desafios e perigos.Essa alternativa está incorreta. Embora a ideia de enfrentar desafios e perigos esteja ligada à coragem, o diálogo "Laques" não chega a uma definição final acordada dessa maneira. O método de Sócrates é explorar e problematizar conceitos, mostrando que definições superficiais não são suficientes.
Em sua segunda tentativa de definir coragem, Laques afirma:
"Se tivesse de referir-me à coragem presente a todas essas situações, diria que é uma espécie de perseverança da alma."
"Se tivesse de referir-me à coragem presente a todas essas situações, diria que é uma espécie de perseverança da alma."
O que ele quer dizer com isso?
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Que a coragem é uma qualidade que só pode ser desenvolvida através de repetidas experiências de enfrentamento de situações desafiadoras, sem considerar o papel das características individuais.Esta alternativa está incorreta. Laques não menciona que a coragem só se desenvolve através de experiências repetidas. Ele fala sobre a "perseverança da alma", o que indica uma qualidade intrínseca, uma capacidade de persistir que está presente em várias situações, independentemente de quantas vezes a pessoa tenha enfrentado o desafio. As características individuais e a disposição inata também têm seu papel.
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Que a coragem é a capacidade de manter a determinação e a resiliência diante de adversidades, desafios ou situações perigosas, independentemente do contexto.Esta alternativa está correta. Laques, em sua definição, foca na coragem como a "perseverança da alma", uma expressão que implica em mais do que uma simples reação a certas situações. Trata-se de uma disposição contínua que se mantém firme diante de condições adversas. Essa capacidade de manter determinação e resiliência frisa que a coragem transcende contextos específicos e se manifesta em diversos tipos de desafios e perigos.
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Que a coragem está relacionada apenas à persistência em atividades físicas, como lutar em batalhas, e não tem relação com a força mental ou emocional.Esta alternativa está incorreta. Laques não sugere que a coragem está restrita apenas a atividades físicas como batalhas. Ao usar a ideia de "perseverança da alma", ele inclui aspectos mentais e emocionais. A coragem, para ele, não se limita a ações físicas, mas também abrange a capacidade de enfrentar desafios emocionais ou éticos.
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Laques entende a coragem como um aspecto que envolve apenas o enfrentamento de medos pessoais e não como uma virtude aplicável a situações mais amplas, como batalhas ou dilemas éticos.Esta alternativa está incorreta. Ao referir-se à "perseverança da alma", Laques sugere um entendimento da coragem que está além do simples fato de enfrentar medos pessoais. Ele reconhece que a coragem é uma virtude aplicável em situações amplas, como dilemas éticos e batalhas. Portanto, sua definição não é limitada ao medo pessoal, mas sim uma qualidade presente em variadas situações.
Em sua primeira tentativa de definir coragem, Laques afirma:
"Como sabes, homem de coragem é o que se decide a não abandonar o seu posto no campo de batalha, a fazer face ao inimigo e a não fugir."
"Como sabes, homem de coragem é o que se decide a não abandonar o seu posto no campo de batalha, a fazer face ao inimigo e a não fugir."
Qual o problema apontado por Sócrates em relação à essa definição?
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A definição de Laques é inadequada porque a coragem não é uma virtude importante na sociedade grega.Essa alternativa está completamente incorreta, pois na sociedade grega, e especialmente no contexto dos diálogos de Sócrates, a coragem era vista como uma virtude muito importante. Sócrates não criticaria a importância da coragem na sociedade grega, mas sim a maneira limitada como Laques a definiu. Portanto, essa crítica não está presente na análise de Sócrates.
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A definição de Laques só inclui a coragem demonstrada em situações de confronto direto com o inimigo no campo de batalha, mas a coragem pode se manifestar em diferentes contextos e situações.Essa alternativa está correta porque a crítica de Sócrates à definição de Laques é que ela é muito restrita, limitando a coragem apenas a situações de combate militar. Sócrates procura por uma definição de coragem que se aplique a várias situações e não apenas ao contexto de guerra. Dessa forma, a definição dada por Laques não abrange todas as formas de manifestação de coragem que poderiam ocorrer fora do campo de batalha.
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A definição de Laques está incorreta porque a coragem não envolve enfrentar o inimigo, mas sim aceitar a derrota.Essa alternativa está incorreta porque a crítica de Sócrates não está relacionada à aceitação da derrota como forma de coragem. Na verdade, Sócrates não está questionando o resultado de uma ação (como aceitar uma derrota), mas sim a natureza da própria coragem. Ele busca entender o conceito de coragem como algo mais abrangente do que apenas confrontar fisicamente um inimigo.
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A definição de Laques sugere que a coragem está presente apenas nos soldados e não nos cidadãos comuns.Essa alternativa está incorreta porque a crítica de Sócrates à definição de Laques não é que ela limita a coragem aos soldados, mas sim que é muito específica ao contexto militar, deixando de fora outras formas de coragem que podem ser demonstradas por qualquer pessoa, independente de ser soldado ou civil. O problema é que Laques não considera principalmente o contexto em vez de quem demonstra a coragem.
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A definição de Laques é muito ampla e não permite distinguir a coragem de outras virtudes.Essa alternativa está incorreta porque a definição de Laques, na verdade, é considerada muito específica, não ampla. Sócrates critica exatamente essa especificidade ao tratar a coragem apenas no âmbito de batalhas, enquanto ele busca entendê-la em um contexto mais amplo que pode envolver diferentes virtudes e situações.
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